Histórico
Fundado em
2003 na área programática 3.1, eixo Leopoldina, o CAPS Fernando Diniz atende a
11 bairros da zona norte da cidade. Atualmente o CAPS realiza o acompanhamento
contínuo de 381 usuários contínuos através de projetos terapêuticos
individualizados, em grupo em diferentes níveis de intensidade, além de possuir
229 usuários em avaliação.
Desde
a fundação a equipe do CAPS Fernando Diniz enfrenta o desafio de fazer vale a
direção de trabalho dada pela Portaria 336/02 MS e pela Lei 10.216 (
06/04/2001) no que se refere a construção de um trabalho em rede fundamental
para nosso cotidiano.
Ao
longo dos anos conquistamos a ampliação progressiva de nossa equipe com a
inserção de profissionais de diferentes categorias e experiências e comemoramos
a realização de obras de adequação do espaço físico que nos permitiu a melhoria
na assistência prestada, a conclusão do processo de credenciamento da unidade
junto ao Ministério e com o início do faturamento da unidade, e ainda, a
melhoria das condições de trabalho da equipe técnica.
O nome
Fernando
Diniz (1918-1999) nasceu em Aratu, na Bahia. Filho único de uma costureira.
Chegou ao Rio de Janeiro aos 04 anos com sua mãe, Em 1949 foi internado no
antigo Centro Psiquiátrico Pedro II, onde passou a viver a partir de então.
Ainda
em 1949 começa a frequentar a Seção de Terapia Ocupacional, coordenada pela
Doutora Nise da Silveira, que pretendia ofertar um outro tipo de tratamento,
onde tivesse espaço a história do sujeito e não apenas o seu quadro clínico.
Neste espaço participava de atividades de artes em geral (pintura, desenho,
escultura e música).
Fernando
poderia ter sido mais um dos vários usuários que passaram pelo hospício,
submetidos aos tratamentos em voga: medicação psicotrópica, eletrochoque e
lobotomia. “Mas no encontro com a pintura, com as artes plásticas,
possibilitado por este espaço, tornou-se artista; pôde enfim dar um novo
sentindo a sua vida, a seu sofrimento e a seus projetos, que soube expor de
maneira primorosa em suas telas”
Sua
obra, reconhecida no Brasil e no exterior, mescla o figurativo e o abstrato,
abarcando das mais simples às mais complexas estruturas de composição. Teve
produções premiadas como o desenho animado “Estrela de oito pontas” feito com
parceria do cineasta Fernando Magalhães. Teve ainda suas telas expostas em Zurique
e em Paris, ambas em 1957, além de várias exposições feitas no Brasil.
Fernando
morreu em 5 de março de 1999, de cardiopatia e câncer, no Hospital Pedro
Ernesto, nos deixando uma produção estimada em cerca de 30 mil obras entre
telas, desenhos, tapetes e modelagem.